
Juno chegou a Júpiter!
Neste dia 4 de julho de 2016 a sonda Juno entrou em órbita do planeta Júpiter.
Parece complicado? Você nem imagina quanto!
Neste vídeo de apenas 2 minutos você pode ver em poucos segundos, e em um simples desenho, a imensidão e complexidade que devem ser os cálculos para uma viagem desta.
Jamais poderíamos construir um foguete com combustível suficiente para acelerar a sonda Juno tão rápido para chegar a Jupiter em “apenas” 5 anos.
O que fazer?
Primeiro veja porque ela tinha que estar exatamente neste ponto no dia 5/8/2011 às 11:31 e, depois, acompanhe a explicação abaixo;
A Nasa fez com a Sonda Juno mais o menos o que faz um jogador de futebol chutando a bola para encobrir o goleiro.
Não chuta para o gol mas para cima, e aí, com a colaboração da força de gravidade a bola dá a volta por cima do goleiro e cai no gol.
Só que o gol neste caso está girando em volta do campo e só chegará no lugar certo 5 anos depois. Com que força chutar a bola?
A Sonda Juno foi lançada em 2011, afastou-se da terra por cerca de 1 ano e meio e… começou a cair de volta!
Acelerando, sem combustível…
Nessa “queda” aproveitando a gravidade do sol para acelerar, a terra é errada propositalmente.
Então ela passa raspando a terra dois anos depois, em outubro de 2013, mas ganha uma velocidade imensa, o que faz com que ela “derrape” para fora da curva ampliando a orbita.
Na volta seguinte, no meio do caminho do que seria a próxima volta, próximo ao mes de julho de 2016 uma outra força começa a puxar a nave.
É o planeta Jupiter que está passando por aquele ponto exatamente naquela data!
Com Jupiter está bem “pertinho” ela passa a “cair” no colo do campo gravitacional de Júpiter após 5 anos de viagem. E fica presa em sua órbita!
Que cálculo!
Imagine o que é este cálculo:
Descobrir a data e hora exatas 5/8/2011, para lançar a Juno aqui da terra considerando onde ela perderia toda a sua velocidade e começaria a cair de volta, puxada pelo sol, de forma a passar raspando na terra sem atingi-la e sairia exatamente na rota que encontraria o campo gravitacional de Júpiter 5 anos depois de modo a entrar nele, perder toda a velocidade e ficar girando em volta sem atingir o planeta!
Um, só um, dos milhares de pedaços de rocha existentes no trajeto ou na órbita de Júpiter, destruiria a Sonda Juno.
Com tanta notícia ruim, com crueldade e desonestidade, como é bom fazer parte da humanidade e viver numa época para ver isso!
Parabéns seres humanos, quando querem vocês sabem ser nota 10!
Veja também nosso post sobre a Estação Espacial Internacional (ISS).
O que será que eles estão fazendo por lá agora?
Até a próxima!
Eilor